A história do bairro do Pina se confunde com a da cidade do Recife. Nascendo de sucessivos aterros, da construção de pontes/palafitas, mulheres, homens, lama, caranguejos e bodes formaram um ambiente onde a contradição expande a existência. Chegar com Godot na comunidade do Bode é (re)descobrir a poesia do Recife (re)aprendendo o sentido de território, identidade e resistência.
Sobre Godot
Antonni Godot é um padeiro que viveu a maior parte de seus 75 anos com o avô numa fazenda isolada numa zona rural do Brasil. O avô polonês acabou passando o sotaque para o neto, que o tinha como única referência, já que o pai morreu na guerra e a mãe no parto.
Sim! Você também já deve ter ouvido falar de Godot. Alguns o esperam a anos em baixo de uma árvore. Pois bem, ele chegou e está com o bolso cheio de histórias, músicas e poesia para compartilhar.
Inspirada na dramaturgia de Samuel Beckett (“Esperando Godot”, onde os personagens esperam Godot eternamente num deserto onde nada acontece), a performance intervém no cotidiano de transeuntes no meio urbano para uma conversa. O boneco híbrido de feições realistas chega depois de tantos anos de espera para distribuir poemas em suas palavras, às vezes ácidas, e em cartões gráficos produzidos pelo artista-manipulador.
Um lapso de esperança nos tempos distópicos correntes no Brasil, no mundo, a performance enaltece a importância do encontro misturando: literatura, teatro e artes plásticas. Antonni Godot já caminhou por várias cidades brasileiras e portuguesas.
Conheça mais sobre Luiz Manuel
Audiovisual
Direção e produção
Alexandre Salomão
Produção Executiva
Luiz Manuel
Roteiro
Luiz Manuel
Paulo Andrade
Direção de Produção
Luiz Manuel
Fotografia
Ana Olívia Godoy
Alexandre Salomão
Captação de som
Lara Bione
Edição
Felipe Ferraz
Montagem
Alexandre Salomão
Correção de cor/grading
Zé Diniz
Fotografia Still
Yuska Ferreira
Música
Üsküdar (traditional Turkish song) – Algebra trio
Poesias
Ode Maritima de Fernando Pessoa
Ode ao Recife de Kacal Gomes
Agradecimentos:
Kcal Gomes