Bárbara Francesquine
Participar do Monumentos foi como um ato simbólico de dar as mãos para todas as pessoas que naquele momento ocupavam o Estelita na luta contra a gentrificação e a especulação imobiliária. O monumento que construímos aquele dia é mais uma forma de marcar na memória da cidade o direito da população sobre os bens públicos – que deveriam sempre atender aos interesses sociais da sociedade como um todo, e não de um pequeno número de privilegiados. Nosso monumento é uma poesia para lembrar que a arte e a beleza estão em qualquer lugar que você permitir e der oportunidade para que estejam, por mais que exista um governo tentando convencer a sociedade de que nada acontece ali. Acontece sim. Acontece vida, arte, reflexão, educação, juntamente com um público enorme para tudo isso. Locais como o estelita são moradias, são ateliês de criação, são inspirações, são a resistência do ser-humano e portanto não existe argumento que justifique a sua derrubada, venda ou fechamento.
Acompanhando esse projeto também passei a me questionar quem são as pessoas e instituições que escolhem e decidem sobre a existência e o local de um monumento, bem como as memórias, acontecimentos e mensagens que serão perpetuadas através dele na cidade. E pela primeira vez me vi nesse poderoso lugar de escolha, podendo levar à posteridade a memória de um local e de uma luta que, na verdade, atravessa séculos e gerações sem nunca ser solucionada.
Rodrigo Véras
Dentre as escadas de ferro, a brisa do vento vinda pelo mar, com cores alucinantes numa aurora envolvente… 360 graus de luta pela busca de uma urbanização que interaja cooperativamente com o meio ambiente. A especulação imobiliária, territorial, senhorial, repugnante, hostil, violenta…uma pausa nessa máquina de ruídos. Uma louvação ao “Reino de Oyó”, território onde predomina a justiça. O fogo, a música e a transformação.
Conheça mais sobre Bárbara Francesquine e Rodrigo Véras
Audiovisual
Direção, produção e roteiro
Alexandre Salomão
Performance e roteiro
Bárbara Francesquine e Rodrigo Véras
Direção de Produção
Luiz Manuel
Fotografia
Breno César
Direção de Arte
Breno César
Captação de som e edição de som
Philipe de Castro
Desenho de som
Alexandre Salomão
Edição e Montagem
Alexandre Salomão
Correção de cor/grading
Alexandre Salomão
Fotografia Still
Hugo Sá
Crédito das fotos
Alexandre Salomão, Breno César, Carmem Surico, Clarissa Kiyoe, Martin Weller
Agradecimento
Daaniel Araújo
Lucas Caminha